segunda-feira, 15 de junho de 2015

A crítica da moral e da metafísica em Friedrich Nietzsche - Vida e Obra

Vida e Obra

Friedrich Wilhelm Nietzsche (1844 - 1900) foi um filósofo, filólogo, poeta, e compositor alemão do século XIX. Em suas obras verifica-se vários conceitos relevantes para pensar a relação do homem com a moral e consigo próprio. As discussões de Nietzsche incluíam a moral,  a dicotomia apolíneo/dionisíaca, a morte de deus, o além-homem ou super-homem, etc.

Edvard Munch. FriedrichNietzsche, 1906. Óleo sobre tela.

Principais obras
O Nascimento da Tragédia no Espírito da Música (1872)
- A Filosofia na Idade Trágica dos Gregos (1873)
- Sobre a verdade e a mentira em sentido extramoral (1873)
Considerações Intempestivas (1873 a 1876)
- Humano, Demasiado Humano, um Livro para Espíritos Livres (1886)
- Aurora, Reflexões sobre Preconceitos Morais (1881)
- A Gaia Ciência (1882)
- Assim Falou Zaratustra, um Livro para Todos e para Ninguém (1883 - 1885)
- Além do Bem e do Mal, Prelúdio a uma Filosofia do Futuro (1886)
- Genealogia da Moral, uma Polêmica (1887)
- O Crepúsculo dos Ídolos, ou como Filosofar com o Martelo (1888)
- O Anticristo - Praga contra o Cristianismo (1888)
- Ecce Homo, de como a gente se torna o que a gente é (1888)
- Nietzsche contra Wagner (1888)

Segue Biografia de Nietzsche de Marcelo Backes, apresentada no livro Ecce Homo (L&PM POCKET, v.301).
Friedrich Wilhelm Nietzsche (1844-1900) nasceu em Röcken, na Saxônia, filho de uma família de pastores protestantes. Seu pai e seus dois avôs eram pastores. Aos dez anos já fazia suas primeiras composições musicais e aos quatorze tornou-se professor numa Escola Rural em Pforta. Nessa época fez seu primeiro exercício autobiográfico, sinalizando a vinda doEcce homo, trinta anos depois. “Da minha vida” é o título da obra de um autor que, em rala idade, já se sabia destinado a grandes tarefas. Mais tarde Nietzsche estudou Filologia e Teologia nas Universidades de Bonn e Leipzig.
Aos vinte anos, Nietzsche conheceu de perto a obra de uma de suas influências mais caras: Schope­nhauer. Pouco depois prestou o serviço militar e entrou em contato – fascinado – com a música de Wagner. Aos vinte e quatro anos – e isso apenas confirma um gênio que se manifestou sempre precoce – Nietzsche foi chamado para a cadeira de Língua e Literatura Grega na Universidade de Basiléia, na Suíça, ocupando-se também da disciplina de Filologia Clássica. O grau de Doutor – indispensável nas universidades alemãs – seria concedido a Nietzsche apenas alguns meses depois, pela Universidade de Leipzig. Sem qualquer prova e com um trabalho sobre “Ho­mero e a filologia clássica”, Nietzsche assumiu o título e mudou-se definitivamente para Basiléia.
Com vinte e seis anos, em 1870, Nietzsche desenvolveu os aspectos teóricos de uma nova métrica na poesia, para ele, “o melhor achado filológico que tinha feito até então”. Em 1872, escreveu sua primeira grande obra, O nascimento da tragédia, sobre a qual Wagner disse: “Jamais li obra tão bela quanto esta”. O ensaio viria a se tornar um clássico na história da estética. Nele, Nietzsche sustenta que a tragédia grega surgiu da fusão de dois componentes: o apolíneo, que representava a medida e a ordem; e o dionisíaco, símbolo da paixão vital e da intuição. Segundo a tese de Nietzsche, Sócrates teria causado a morte da tragédia e a progressiva separação entre pensamento e vida ao impor o ideal racio­nalista apolíneo. As dez últimas seções da obra constituem uma rapsódia sobre o renascimento da tragédia a partir do espírito da música de Wagner. Daí que, elo­giando Nietzsche, Wagner estava, na verdade, elogiando a si mesmo.
Logo a seguir, Nietzsche entrou em contato com a obra de Voltaire e, depois de uma pausa na produção, escreveu e publicou, em 1878, Humano, demasiado humano – Um livro para espíritos livres. Terminou, ao mesmo tempo, a amizade com o casal Wagner. As dores que Nietzsche já sentia há algum tempo progridem nessa época, e o filósofo escreve numa carta a uma amiga: “De dor e cansaço estou quase morto”. Daí para diante a enxaqueca e o tormento nos olhos apenas fa­riam progredir.
Em 1882, Nietzsche publicou A gaia ciência e conheceu Paul Rée e Lou Salomé, com os quais manteve uma amizade a três, perturbada por constantes declarações de amor da parte dos dois homens a Lou Salomé. Os três viajaram e moraram juntos em várias cidades da Europa. Em 1883, Nietzsche publica Assim falou Zaratustra (Partes I e II), sua obra-prima. Em 1884 e 1885, viriam as partes restantes. Sob a más­cara do lendário sábio persa, Nietzsche anuncia sua filosofia do eterno retorno e do super-homem, disposta a derrotar a moral cristã e o ascetismo servil.
Em 1885, Nietzsche leu e estudou as Confissões de Santo Agostinho, e, em 1887, descobriu Dostoiévski. Em 1888, produziu uma enxurrada de obras, entre elas o Ecce homo O Anticristo. Em janeiro de 1889, sofreu um colapso ao passear pelas ruas de Turim e perdeu definitivamente a razão. Em Basiléia, foi diagnos­ti­­cada uma “paralisia progressiva”, provavelmente originada por uma infecção sifilítica contraída na juventude.
Em 1891 – aproveitando-se da fraqueza de Nietzsche –, a irmã faz o primeiro ataque à obra do filósofo, impedindo a segunda edição do Zaratustra. A partir de então, Elisabeth (que voltara à Alemanha depois de viver durante anos no Paraguai com o marido, o líder anti-semita Bernhard Förster, que se suicidou depois de ver malogrado seu projeto de fundar uma colônia ariana na América do Sul; Nietzsche sempre foi terminantemente contra o casamento)  passou a ditar as regras em relação ao legado de Nietz­s­­che. E assim seria até 1935, quando veio a falecer. Nacionalista alemã fanática, assim como o marido morto, Elisabeth chegou a escrever uma biografia sobre o irmão. Na biografia, deturpou – a serviço dos ideais chauvinistas – os fatos biográficos e as opiniões políticas de Nietzsche, atribuin­do caráter nacionalista às investidas do filósofo contra os valores cristãos e seus conceitos da “vontade de poder” e do “super-homem”. A obra póstuma A vontade de poder, abandonada por Nietzsche, foi organizada pela irmã. Elisabeth reuniria arbitrariamente notas e rascunhos de Nietzsche, muitas vezes infiéis às idéias do autor. Antes de publicar uma versão “definitiva” do Ecce homo, a irmã faria fama citando-o em folhetins e ensaios polêmicos, bem como na já referida biografia (1897-1904). Elisabeth chegou a falsificar algumas cartas do filósofo, responsáveis em parte pela má fama que cairia sobre ele anos mais tarde, como profeta da ideologia alemã que veio a culminar no na­zismo. (Erich Podach diz que a irmã malversou, sim, o legado de Nietzsche, mas mostra-se coerente ao dizer que ela jamais teria alcançado ludibriar o mundo acadêmico e letrado da Alemanha inteira se esse mesmo mundo não estivesse preparado, e inclusi­ve não sentisse uma espécie de “necessidade” disso.)
Em 1895, os sinais da paralisia avançam definitivamente e Nietzsche passa a apresentar sinais visíveis de perturbação nos movimentos dos membros. Em 25 de agosto de 1900, depois de penar sob o jugo da dor e da irmã, o filósofo falece em Weimar, cidade para a qual a família o levara junto com o arquivo de suas obras e escritos.
Fundamentais na reavaliação recente da obra de Nietzsche foram a biografia escrita pelo professor da Universidade de Basiléia Curt Paul Janz, em três volumes (que desvendou, através de uma intensa pesquisa genética, aspectos da vida e da obra de Nietzs­che até então desconhecidos), as investidas polêmicas de Erich Podach (ver ADENDO) e sobretudo a edição de suas Obras Completas encaminhada por Giorgio Colli e Mazzino Montinari, em 1969.

Alguns Conceitos Importantes

MORAL 

CONSISTE NO CONJUNTO DE NORMAS QUE VISAM ORGANIZAR AS RELAÇÕES DAS PESSOAS NA SOCIEDADE TENDO EM VISTA O BEM E O MAL; CONJUNTO DE COSTUMES E VALORES DE UMA SOCEIDADE; UM CARÁTER NORMATIVO. Fonte: ARANHA, Maria Lúcia de Arruda, MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: introdução à filosofia. São Paulo: Moderna, 1996.


METAFÍSICA

TAMBÉM CHAMADA DE ONTOLOGIA, ESTUDA O "SER ENQUANTO SER", ISTO É, O SER INDEPENDENTEMENTE DE SUAS DETERMINAÇÕES PARTICULARES; ESTUDO DO SER ABSOLUTO E DOS PRIMEIROS PRINCÍPIOS. Fonte: ARANHA, Maria Lúcia de Arruda, MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: introdução à filosofia. São Paulo: Moderna, 1996.

  

 VONTADE DE POTÊNCIA 

DEFINI-SE COMO A FORÇA DESVELADA NA ESSÊNCIA DAS COISAS E DO HOMEM. NESTA PERSPECTIVA, TUDO – O PENSAMENTO, A FILOSOFIA, O HOMEM, A NATUREZA – É VONTADE DE POTÊNCIA, E NADA MAIS. NÃO HÁ METAS, OBJETIVOS, FINALIDADES E CERTEZAS. A VONTADE DE POTÊNCIA IMPÕE-SE COMO A FORÇA QUE SE QUER MAIS – RESISTE, ENGLOBA, CONQUISTA E RETRAI – DOMINANDO FORMAS, A NATUREZA E OUTRAS FORÇAS. A VONTADE DE POTÊNCIA É A ARTE DE QUERER RESISTIR, DOMINAR E SUCUMBIR, DESPOJANDO-SE DA CULPA, DAS LIMITAÇÕES MORAIS, DO RECEIO E DO MEDO.

 

O ALÉM HOMEM/ SUPER-HOMEM

DESDOBRA-SE EM CORAGEM NA ARTE DE DESCONSTRUIR FATOS, REPRESENTAÇÕES E VERDADES – CONSTRUINDO AO ASSUMIR, SEM MEDO, A POSSIBILIDADE DA DOR, NOVOS VALORES E REPRESENTAÇÕES. O ALÉM HOMEM PODE DESCONSTRUIR E CONSTRUIR, INDAGANDO VERDADES, QUANDO DESPOJADO DO RECEIO E DO JULGAMENTO, DOS PADRÕES, VALORES E REPRESENTAÇÕES LEGITIMADOS. ADMITE, NO TRABALHO DE DESCONSTRUÇÃO, O SOFRIMENTO E A DOR, CAMINHANDO ALÉM DAS VERDADES E FALSAS INTERPRETAÇÕES DO MUNDO. O ALÉM HOMEM APODERA-SE DO DESTINO, DOS DESEJOS E DA FORÇA, REVIGORANDO A VIDA COMO ARTE –  POSSIBILIDADE, RUPTURAS, ACONTECIMENTOS E DESCONTINUIDADES – AO VIVER PLENAMENTE, A VONTADE DE POTÊNCIA, E NADA MAIS.

 

NIILISMO

É O NADA. É A AUSÊNCIA TOTAL DE REFERÊNCIAS ÉTICO-MORAIS.


A superação da Moral Socrática e a Crítica à Cultura Judaico-Cristã Ocidental


APOLO
DIONÍSIO
Deus da Beleza, Luz, ETC
 Deus do Vinho
Razão
Emoção (Instintos)
Ordem
Caos
Medida
Desmesura
Equilíbrio
Paixão
Nietzsche entende que deve existir a junção das duas facetas, isto é, sem que a racionalidade impeça o ímpeto criativo. Tampouco, os instintos dificultem a sua vivência. 

VALORES CRISTÃOS
PROPOSIÇÕES NIETZSCHEANAS
CRENÇA NA EXISTÊNCIA DIVINA E ETERNA
CRENÇA NA FRATERNIDADE E NO AMOR AO PRÓXIMO
AFIRMAÇÃO DO ALTRUÍSMO E DA ABNEGAÇÃO PELO OUTRO

CRENÇA APENAS NA EXISTÊNCIA CONCRETA E REAL DO HOMEM

APOLOGIA AOS VALORES DE CADA UM COMO FUNDAMENTAIS PARA A FORMAÇÃO DO ALÉM-HOMEM
O AMOR, A FRATERNIDADE E A ABNEGAÇÃO COMO APOLOGIA A DEUS

NEGAÇÃO DO ALTRUÍSMO PELA AFIRMAÇÃO DA CULTURA DO ALÉM HOMEM
CRENÇA NA VIDA ETERNA


CRENÇA NA FRATERNIDADE E ALTRUÍSMO COMO VALORES DA CULTURA ESCRAVA E DO HOMEM INFERIOR
CRENÇA NA HUMILDADE COMO FORMA DE ELEVAÇÃO E REDENÇÃO



CRENÇA APENAS EM NOSSA EXISTÊNCIA NA TERRA, COMO FORTUITA E PASSAGEIRA
CRENÇA NA HUMILDADE COMO FORMA DE NEGAR-SE E REBAIXAR-SE À CULTURA DO ESCRAVO

CRENÇA NA ELEIÇÃO DE PASTORES, PROFETAS E SACERDOTES

CRENÇA NA EXISTÊNCIA DE PASTORES, PROFETAS E SACERDOTES COMO FORMA DE SUBJULGAR OS HOMENS E CRIAR A CULTURA DAS OVELHAS
CRENÇA NA DIVISÃO DO HOMEM ENTRE O BEM E O MAL

CRENÇA NA EXISTÊNCIA DE UM HOMEM – O ALÉM HOMEM – QUE PODE ESTAR ALÉM DO BEM E DO MAL
AFIRMAÇÃO DO OUTRO COMO O PRÓXIMO

NEGAÇÃO DO OUTRO, PELA AFIRMAÇÃO DOS PRÓPRIOS VALORES.

Para Nietzsche é preciso superar a dicotomia alicerçada no pensamento socrático, bem como as amarras religiosas. Pois, segundo o filósofio, elas impedem o desenvolvimento do Homem.

Questões:

1- (Ufsj 2012) Nietzsche identificou os deuses gregos Apolo e Dionísio, respectivamente, como
a) complexidade e ingenuidade: extremos de um mesmo segmento moral, no qual se inserem as paixões humanas.
b) movimento e niilismo: polos de tensão na existência  humana.
c) alteridade e virtu: expressões dinâmicas de intervenção e  subversão de toda moral humana.
d) razão e desordem: dimensões complementares da realidade.
e) N.D.A.

2- Refletindo sobre o cotidiano:
a) Apresente 3 elementos emanadores (fontes) de moral no cotidiano.
b)  Discuta a frase: "se não vai à igreja, bom sujeito não é".

Texto para Discussão: "'Eles me prometeram o paraíso', diz homem-bomba de 17 anos"

'Eles me prometeram o paraíso', diz homem-bomba de 17 anos

17 fevereiro 2015 Atualizado pela última vez 12:08 BRST 14:08 GMT
Um homem-bomba de 17 anos preso pela polícia iraquiana revelou que o grupo autedenominado 'Estado Islâmico' recruta adolescentes para serem suicidas.
"Eles me prometeram que eu iria direto para o paraíso", diz ele em entrevista à BBC.
A polícia iraquiana frustrou o ataque e tem conseguido conter o avanço do 'Estado Islâmico' na região em torno da capital, Bagdá.
Apesar disso, o grupo conquistou a cidade de Al-Baghdadi, a apenas 8km de uma base americana.
O adolescente diz que estava preparado para matar homens, mulheres e crianças, e que a maioria dos recrutados pelo grupo tem entre 14 e 17 anos.
Ele chora e se diz envergonhado do que iria fazer.

Fonte: http://www.bbc.com/news/undefined


- Discuta a moral religiosa dos fundamentalistas islâmicos, apresentando relações com o pensamento de Nietzsche.



Texto para Discussão: "Imortalidade e cura de todas as doenças estão próximas, afirma Consultor da Nasa"

Imortalidade e cura de todas as doenças estão próximas, afirma Consultor da Nasa, em palestra aos professores

Por Assessoria de Comunicação

Conferencista internacional e consultor da Nasa, José Luiz Cordeiro, falou sobre as grandes mudanças que deverão ocorrer entre 2029 e 2045, e que poderão beneficiar todos os que têm menos de 30 anos

 Em um mundo muito próximo, entre 2029 ou até no máximo 2045, as máquinas se equiparão aos seres humanos e até superarão a inteligência humana. Será o fim da humanidade e o nascimento da pós-humanidade, em que haverá cura e prevenção para todas as doenças e o homem poderá ser imortal, se cuidar de sua saúde.
“É lógico que se um piano cair na sua cabeça, ou se você cometer suicídio, morrerá. Mas se preferir viver, será possível”. Esse foi um dos ensinamentos do cientista e futurista José Luís Cordeiro, e que estuda a chamada Singularidade. Será um momento em que ocorrerão muitos fatos que parecem hoje impossíveis, previstos e até inimagináveis pelos melhores autores de ficção científica. Estão sendo feitas experiências promissoras para aumentar a longevidade de ratos e insetos, estudos que poderão ser úteis no prolongamento da vida humana.  Luís Cordeiro falou aos professores da Unisanta na abertura do ano letivo, nesta segunda-feira (31/1), no auditório do Bloco E. Na ocasião, a  Reitora Sílvia Teixeira Penteado convidou o cientista para  fazer parcerias com os grupos de pesquisa dos mestrados e dos  núcleos da  Unisanta ligados à  tecnologia.
O grupo responsável pelo Projeto Singularidade, também conhecido como a Universidade do Futuro, sediada no Vale do Silício (Califórnia, EUA) , é liderado pelo físico estadunidense Ray Kurzweil, autor do livro A Singularidade está perto, considerado por Bill Gates como o melhor livro do mundo.  Para ilustrar o progresso acelerado do conhecimento tecnológico, José Luís Cordeiro mencionou, entre muitos exemplos, o avanço da tecnologia e o Projeto Genoma Humano.
Com o Projeto Genoma humano, antecipa o cientista, será possível decifrar todo o código genético do homem, permitindo, por exemplo, evitar doenças, reconstruir toda a árvore genealógica dos nossos antecedentes (e não apenas de nossos parentes próximos), selecionar os genes que gostaríamos de transferir a nossos filhos.
O Projeto Genoma, iniciado em 1990, a um custo inicial de 1 bilhão de dólares, foi baixando para 5 milhões, 20 mil dólares,  2 mil dólares. Daqui a alguns anos, poderemos reconstruir nossa árvore genealógica por menos de 100 dólares, em uma hora, trabalho que exigia 13 anos no começo dos estudos.
Será possível fazer um backup cerebral, transferir nossa inteligência para o computador, imprimir órgãos humanos em impressoras 3 D, para substituir outros doentes, utilizando células no lugar de tinta.  (já fizemos isso com traqueia artificial a partir de células-tronco e com uma bexiga, injetando nas impressoras células e material biológico).

 


Fonte: http://noticias.unisanta.br/ultimas-noticias/imortalidade-e-cura-de-todas-as-doencas-estao-proximas-afirma-consultor-da-nasa-em-palestra-aos-professores-da-unisanta/




Discuta se o cientificismo realmente dará conta de toda a adversidade vivenciada pelo Homem. Ademais, verifique outras possibilidades para equacionar questões de violência, saúde, produção de alimento que não passe pelo desenvolvimento técnico-científico.

Texto para Discussão: Idealização da Vida - Rosely Sayão

Idealização da vida
Quem nunca ouviu críticas sobre pais que decidiram terceirizar a educação de seus filhos? Pois bem. Mas essa constatação não pode se restringir a quem tem filhos, já que os pais que agem assim estão apenas se conformando a um estilo de vida adotado por muita gente, principalmente na classe média. Vivemos um tempo em que virou moda repassar as responsabilidades sobre nossa própria vida para outros.
Quando alguém quer melhorar a alimentação, a qualidade de vida e a saúde, contrata um nutricionista e um "personal trainer". Eles avaliam o grau de atividade da pessoa, os tipos e as quantidades de alimentos que consome e elaboram uma grade de exercícios físicos e um cardápio balanceado que deverão ser seguidos. Aliás, a maioria acompanha o cliente nos exercícios para garantir que sejam cumpridos.
Quem não tem tempo para deixar a casa bem organizada, mas quer viver em um local com aparência de casa de revista, não tem com o que se preocupar. Profissionais podem organizar gavetas, armários de roupas e de utensílios, estantes, catalogar tudo e deixar pronto para o uso do feliz proprietário, que, dessa forma, apenas segue as instruções.
Não podemos nos esquecer também do "personal stylist", que dá as dicas necessárias sobre a maneira de se vestir e de comprar roupas e acessórios e indica os melhores trajes para o trabalho, reuniões informais e jantares. Tudo devidamente combinando com o estilo da pessoa, seu corpo etc. Que tranquilidade não ter de tomar tais decisões, não precisar gastar tempo com isso, não é?
E agora podemos respirar mais aliviados ainda, pois já existe um profissional com campo de atuação mais amplo para quando nos deparamos com alguma dificuldade: o "life coach" ou "personal coach".
Após uma análise das questões e dos anseios trazidos pelo cliente, o "life coach" elabora um programa de treinamento para capacitar a pessoa a criar um plano e estratégias para alcançá-lo, a focar em seus objetivos, a ter mais confiança e segurança ao tomar decisões, a se comunicar com eficiência...
Por que precisamos gastar energia e tempo para resolver detalhes de nossa vida se podemos repassar essa responsabilidade a outros que consideramos mais preparados? Essa parece ser a máxima por trás desse costume que vem se disseminando. Precisamos refletir sobre uma questão importante: o que está em jogo é nossa liberdade, nossa autonomia, nossa responsabilidade com a vida.
No mundo de hoje, a vida tornou-se mais complexa: diariamente precisamos tomar decisões, fazer escolhas, renunciar, estabelecer hierarquias. A vida é isso, é por esses caminhos que ela se constitui. E tudo isso tem um custo, é claro.
Mas será possível creditar esse custo na conta de outros? É isso o que estamos tentando fazer na crença de que nosso custo a pagar será apenas monetário. Pode ser nessa grande ilusão que embarcamos. O fato é que estamos pagando para ver a vida materializar-se de forma idealizada. E isso, sim, costuma ter um custo bem alto.

Fonte: http://blogdaroselysayao.blog.uol.com.br/arch2009-04-01_2009-04-15.html

Discuta:
- Por que as pessoas precisam - cada vez mais - de padrões ou outras pessoas para lhe indicar o melhor caminho?
- Além de pessoas, quais instituições - geralmente- indicam formas de proceder?
- Tente fazer ligações do pensamento de Nietzsche com as informações do texto.

Texto para Discussão: Farmacêutico suíço defende remédios de vovó


Farmacêutico suíço defende remédios de vovó

Xavier Gruffat estudou e formou-se nas melhores universidades suíças. Poderia abrir uma farmácia ou trabalhar numa multinacional, mas preferiu abrir sites internet.

Atualmente ele vive entre a Suíça e o Brasil e acaba de publicar seu primeiro livro: “220 remédios de vovó”, por enquanto apenas em francês, mas provavelmente também em português.
“Uma medicina alternativa natural, eficaz e barata. Receitas simples para fazer em casa”. Este é o subtítulo do primeiro livro do farmacêutico suíço Xavier Gruffat, publicado pelas Editora suíça Favre.
 As 220 receitas de remédios caseiros são classificadas com sinas (+). As que tem três +++ são cientificamente comprovadas. “Espero que as próximas edições tenham mais receitas testadas cientificamente”, afirma à swissinfo.ch, na sala de estar de um hotel de Montreux, oeste da Suíça.  As receitas do livro dizem respeito a mais de cem “doenças”, de tosse à hipertensão, de queda de cabelo a queimadura.
Interesse no Brasil
Acho que há interesse no Brasil por um livro de remédios caseiros e plantas medicinas porque o Brasil não é só São Paulo e Rio; tem também as cidades do interior, o norte e o nordeste. A televisão tem feito reportagens sobre plantas, é sinal que existe demanda”.
O farmacêutico suíço  está há três anos em São Paulo e explica porque foi para o Brasil: “Eu tenho um site que funciona bem em francês, alemão e italiano, mas li que o Brasil era muito conectado na internet e achei que teria um grande potencial para um site de saúde. Tinha razão porque agora é o mais visitado, entre 600 mil e 1 milhão de visitantes por mês (ver link no alto, à esquerda).
Gruffat diz que optou em trabalhar com a Internet “talvez” pelo seu lado mais artístico, mas também por ter mais utilidade. “Numa farmácia, você trabalha, no máximo, com duas mil pessoas”, bem diferente da internet, onde as pessoas também são mais curiosas em matéria de saúde.
Outra diferença, segundo o farmacêutico, é que uma farmácia “vende produtos” e o site só vende “dicas”, pois vive de publicidade, com um faturamento bem menor (risos).  Aliás, no site, há profissionais que respondem às perguntas que são feitas pelos internautas.
Pouco a pouco, o site no Brasil é regionalizado com as plantas medicinas brasileiras. “Muita gente sabe que o xarope de guaco, com um pouco de mel, por exemplo, é ótimo contra a tosse. São remédios muito mais baratos e melhores do que xarope de farmácia.”
Para Xavier Gruffat, não se pode ser ingênuo e achar que toda planta tem valor medicinal. Existem faculdades de farmácia, biologia etc. em muitos países, e o site se serve dessas informações. “Temos de ser objetivos porque não vendemos nada”, diz o suíço

Fonte: http://www.swissinfo.ch/por/plantas-medicinais_farmac%C3%AAutico-su%C3%AD%C3%A7o-defende-rem%C3%A9dios-de-vov%C3%B3/35268250


- Discuta os avanços científicos em face dos conhecimentos populares.
- Estabeleça a relação do texto com a noção de complementariedade entre racionalidade e instinto (intuição). 

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Imperialismo e capitalismo no século XIX

I- Introdução
1- A importância do tema

2- O tema hoje
¢- Fragmento:
As bananas colocadas no carro do árbitro Márcio Chagas da Silva, em Bento Gonçalves (RS), e os gritos de "macaco" ouvidos pelo volante santista Arouca, em Mogi Mirim (SP), trouxeram à tona e colocaram em pauta um problema ainda "oculto" no futebol brasileiro”.
¢Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/03/140310_racismo_futebol_copa_ms.shtml

II- Antecedente (revisão)
¢Revolução Industrial
¢Cientificismo
¢Nacionalismos

OBS: 
A) Fases do Capitalismo
B) Truste, Cartel, Holding, Dumping e Fusão

III- Conceito de imperialismo: consiste num conjunto de ações geopolíticas, caracterizadas por relações de poder sobre territórios. Neste ínterim, pode-se manifestar direta ou indiretamente sob as formas: política- administrativa, militar, econômica, etc.  Também confere-se o nome de imperialismo às relações de poder exercidas por potenciais industriais europeias sobre a África e Ásia durante os século XIX e XX (Neocolonialismo).
IV- Comparação (principais características)
V- Fatores do Imperialismo:

1- Ideológicos
A) Fortalecimento do nacionalismo europeu
¢Itália e Alemanha recém-unificadas
¢Nacionalismo em prol do programa de desenvolvimento industrial
B) Darwinismo Social
¢Darwin : A origem das espécies (1859)

Ação civilizatória:
Imagem 1

Fragmento:
“Tomai o fardo do Homem Branco -
  As guerras selvagens pela paz -
Encha a boca dos Famintos, 
 E proclama, das doenças, o cessar;
E quando seu objetivo estiver perto 
 (O fim que todos procuram)
Olha a indolência e loucura pagã 
Levando sua esperança ao chão”. 
Poema de Rudyard Kipling

¢Imagem 2


Estudo de Caso:
Recepção de teorias raciais no Brasil
V- Fatores do Imperialismo (continuação)
2- Econômicos ; 3- Sociais/ Demográficos


V- Fatores do Imperialismo (continuação)
4- Políticas
¢Ocupação de áreas estratégicas
¢Aumentar prestígio internacional


ATIVIDADES
1- (Uerj 2013) Na década de  1930, foi publicada a primeira edição da história em quadrinhos em que o personagem Tintim, um jovem repórter belga, faz uma expedição ao Congo, colônia do seu país na época.



Com base nas imagens e nos diálogos apresentados, nota-se que Tintim  simbolizava as práticas de colonização europeia na África, associadas à política
de:
a) integração étnica
b) ação civilizadora
c) cooperação militar
d) proteção ambiental
e) N.D.A.

2- “O termo ‘africano’ ganha um significado preciso: negro, ao qual se atribui um amplo espectro de significações negativas como frouxo, flegmático, indolente, incapaz. Todas elas convergindo para uma imagem de inferioridade e primitivismo. E pela amputação da complexidade da dinâmica cultural próprias da África, considera-se que o continente não tem um povo, não tem nação, nem estado, não tem passado, logo não tem História”.  Leila Hernandez
a) Apresente dois fatos cotidianos que demonstram a conotação pejorativa aos elementos oriundos da África.
b) Explique como as construções ideológicas do século XIX alicerçaram inúmeros preconceitos arraigados em nosso país.

3- Faça uma análise acerca dos elementos internos e externos (contexto social de produção, elementos com os quais dialogam, pressupostos ideológicos, etc) da
imagem:

JEAN-LÉON GÉRÔMEPelt Merchant of Cairo, 1869
Óleo sobre tela. Coleção particular.


Saiba mais:





Sugestões de filmes:

- Hotel Ruanda
- O Jardineiro Fiel
- As Aventuras de Tintim
- Ghandi
- O Mestre das Armas
- O Último Imperador
- Sangue sobre a Índia